No primeiro semestre de 2024, Santa Maria já registrou sete mortes em decorrência da dengue. A informação foi confirmada pela prefeitura na manhã desta quarta-feira (5). O número já é maior do que o índice de 2023, quando foram contabilizados os cinco primeiros óbitos por conta da doença de toda a série histórica.
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Vítimas
As vítimas de dengue em Santa Maria são quatro homens e três mulheres, com idades entre 38 e 96 anos, sendo que a maioria tinha comorbidades. As mortes ocorreram entre 6 de abril e 10 de maio.
- Homem de 74 anos, com comorbidades e que estava internado no Hospital Regional de Santa Maria. Ele veio a óbito em 6 de abril.
- Homem de 77 anos, que também tinha registro de comorbidades. O óbito ocorreu em 6 de maio.
- Homem de 66 anos, sem comorbidades declaradas. Estava internado no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm). A morte ocorreu em 30 de abril
- Mulher de 60 anos, com registro de comorbidades. O óbito ocorreu no dia 1º de maio.
- Homem, de 87 anos, morador do Bairro Carolina, com diagnóstico de Alzheimer, hipertensão e cardiopatia. O paciente estava internado no Hospital Regional, tendo acontecido o óbito em 6 de maio.
- Mulher, de 38 anos, moradora do Bairro Medianeira, sem diagnóstico de doença. A paciente estava internada no Complexo Hospitalar Astrogildo de Azevedo, tendo o óbito acontecido em 3 de maio
- Mulher, de 96 anos, moradora do Bairro Pinheiro Machado, com diagnóstico de cardiopatia, asma e hipertensão. A paciente estava internada no Hospital Regional. A morte ocorreu em 10 de maio
Até o momento, a doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti vitimou 12 pessoas no município.
Dengue em Santa Maria 2024
- Nº de notificações – 2.742
- Casos confirmados – 1.620
- Em investigação – 42
- Casos inconclusivos – 157
- Descartados – 923
- Óbitos – 7
Dados atualizados em 5 de junho de 2024
Fonte: Painel Estadual de Casos de Dengue
Como funciona a confirmação?
Os possíveis óbitos por dengue são notificadas pela Secretaria Municipal da Saúde ao Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) em Porto Alegre. Após confirmada a causa, a instituição informa o município e a Secretaria Estadual da Saúde (SES), que atualiza o painel de casos de dengue. O prazo de confirmação pode variar, conforme da demanda do Centro.
No mesmo painel, também são disponibilizados os números de notificações de possíveis casos, além dos diagnósticos confirmados, em investigação, inconclusivos e descartados dos 468 municípios gaúchos infestados pelo mosquito Aedes aegypti.
Agravantes
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) lançou no final de abril uma nota informativa sobre o perfil das mortes por dengue em 2024. Entre os pontos analisados, estão os fatores associados aos óbitos e que podem ser considerados agravantes. São eles:
- O não reconhecimento dos sinais de alarme pela população e pelos profissionais de saúde
- Procura tardia do paciente pelo serviço de saúde
- Manejo clínico inadequado
- Procura por várias vezes aos serviços de saúde
- Dificuldade de acesso
- Hidratação inadequada ou insuficiente
- Ausência da classificação de risco para dengue (conforme fluxograma estabelecido pelo Ministério da Saúde)
- Não realização de hemograma ou em número abaixo do indicado na classificação de risco,
- Resultados de hemogramas em tempo inoportuno para auxiliar no manejo
- Liberação de paciente antes do resultado
Sintomas
Nesse processo, fique atento a:
- Febre alta com duração de dois a sete dias
- Dor atrás dos olhos
- Dor de cabeça
- Dor no corpo e nas articulações
- Vômito
- Diarreia
- Mal-estar geral
- Manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira
Ao apresentar sintomas, procure atendimento médico. A orientação busca evitar o agravamento do quadro e consequentemente, o óbito em decorrência da doença.